top of page
  • Foto do escritorRepórter Guará

Era o mar

Atualizado: 21 de nov. de 2022

Heloisa Sousa


Uma rua, duas ruas, três, quatro e lá no fundo um pedacinho verde… “o mar! é o mar?” “sim”. Cruzando a avenida buscando onde estacionar o carro, eu vi o mar. Estava lá mesmo. Casas, asfalto, prédios, carros, carros e mais carros e bem ali, o mar. Tratamos de encontrar logo uma vaga, estacionamos e descemos ansiosos. Passos apressados rumo à praia, Rafa e eu na frente e Willian mais atrás observando nossas reações. Ela e eu dividíamos o desejo de alcançar logo, pela primeira vez, aquele mundo de água.


Chinelo na mão, vento no cabelo, areia fofa e quente entrando pelos dedos e salpicando nossas pernas. Já estávamos tão perto e mesmo assim ainda parecia tão distante, até que chegamos na areia molhada e a água morna limpou nossos pés. Água que ficava cada vez mais fria “mas não tão gelada quanto a de uma cachoeira”, pensei. A espuma branca das ondas quebravam lá na frente e no fundo era possível enxergar a silhueta minúscula dos navios, que mais tarde eu vi de perto como são verdadeiros monstros marítimos quando ancorados no porto. E cada vez eu queria sentir mais e ver mais do mar. “É imenso” “sim, e lindo”.


Voltamos pra areia, tiramos a roupa rápido. Se o primeiro momento foi de cautela, pra sentir com calma cada parte do mar, o segundo foi de pressa pra abraçar aquele verde-água inteiro. Corremos de volta, Willian jogou água em mim e foi aí, quando algumas gotas entraram na minha boca, que eu acordei praquela imensidão. “é salgada!”, pensei, “claro que é!”. Era o mar.


(aos meus amigos, que amo muito. Obrigada.)




0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page